Teor de ácido cianídrico em variedades de mandioca cultivadas em quintais do estado de São Paulo
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Resumo
Cassava (Manihot esculenta Crantz) is widely cultivated in the State of Sao Paulo, Brazil, mostly as raw material for industrial purposes (production of cassava flour, starch, etc.). A small proportion of cassava production is destinated to "in natura" consumption, obtained essentially from backyard plantations. In this case, many varieties are used, with unknown cyanide contents, which can cause severe human intoxication. The main aim of this research was to evaluate the cyanide content range of these varieties. Roots of 206 varieties, collected at 126 sites in the State of São Paulo, Brazil, were analyzed as to their cyanide contents, using the Liebig method, with maceration for a 24-hour period. Results showed a cyanide content variation from 16 to 482 mg.kg-1 of HCN in the tuber root fresh pulps. On the other hand, most of the varieties (67%) under testing presented root cyanide contents below 100 mg.kg-1. So, this cyanide content may be considered as the uppermost level to be used with security on the selection of new genetic materials with lower HCN contents. No Estado de São Paulo, além das culturas comerciais que destinam sua produção às indústrias de transformação ou aos mercados hortifrutigranjeiros, a mandioca (Manihot esculenta Crantz) é muito difundida em culturas denominadas de "fundo de quintal". Nesse caso, muitas variedades são cultivadas e utilizadas precipuamente para consumo doméstico, tendo o presente trabalho por objetivo avaliar a amplitude de variação do seu teor de ácido cianídrico (HCN). Foram analisadas raízes de 206 variedades originárias de uma coleta sistemática realizada em 126 municípios paulistas, utilizando-se o método de Liebig, com maceração por 24 horas. Os resultados mostraram que a amplitude máxima de variação do ácido cianídrico foi de 16 a 482 mg.kg-1 na polpa crua das raízes. A maioria das variedades (67,0%) apresentou até 100 mg.kg-1 de HCN, que, apesar de alto em relação aos citados na literatura, sugere que possa ser considerado o limite superior de segurança para variedades de mesa.