Impact on early and late mortality after blood transfusion in coronary artery bypass graft surgery

Resumo

OBJECTIVE: To assess the 30-day and 1-year mortality associated to the red blood cell transfusion after coronary artery bypass grafting surgery. This procedure has been questioned by the international medical community, but it is still widely used in cardiac surgery. Therefore, it is needed more evidence of this medical practice in our country. METHODS: We retrospectively analyzed 3,004 patients who underwent coronary artery bypass grafting surgery between June 2009 and July 2010. Patients were divided into two groups: non-transfused and transfused. RESULTS: The transfused group totaled 1,888 (63%) and non-transfused 1,116 (37%). There were 129 deaths in 30 days, with 108 (84%) in the transfused group and 21 (16%) in the non-transfused (P<0.001). One year mortality totaled 249 distributed in 212 (85%) among transfused patients and 37 (15%) in non-transfused (P<0.001). The adjusted odds ratio for mortality in patients transfused was 2.00 (P=0.007) in 30 days and 2.31 (P=0.003) in 1 year. Even in low risk patients (age < 60 years and EuroSCORE < 2 points), and so with fewer comorbidities, both outcomes, 30 day and 1 year mortality were significantly higher in the transfused patients (7.0% vs. 0.0%, P< 0.001) and (10.0% vs. 0.0%, P< 0.001), respectively. CONCLUSION: The perioperative red blood cell transfusions after coronary artery bypass grafting surgery increased significantly the 30-day and 1-year mortality, even after the adjustments for comorbidities and other factors. So, new therapeutic options and autologous blood management and conservation strategies should be encouraged to reduce blood products transfusions. OBJETIVO: Avaliar a mortalidade em 30 dias e em 1 ano associada à transfusão de glóbulos vermelhos após cirurgia de revascularização miocárdica. Esse procedimento já vem sendo questionado pela comunidade médica internacional, mas ainda é utilizado em grande escala em cirurgias cardíacas. Portanto, faz-se necessário mais evidência dessa prática médica em nosso meio. MÉTODOS: Analisamos retrospectivamente 3004 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica entre junho de 2009 e julho de 2010. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Transfundidos e Não transfundidos. RESULTADOS: O grupo de pacientes transfundidos totalizaram 1888 (63%) e o grupo não transfundidos 1116 (37%). Foi observado 129 óbitos em 30 dias, sendo 108 (84%) no grupo transfundidos e 21 (16%) no grupo não transfundidos (P<0,001). Os óbitos em um ano totalizaram 249 distribuídos em 212 (85%) hemotransfundidos e 37 (15%) sem transfusão (P<0,001). O odds ratio ajustado para mortalidade nos pacientes transfundidos foi de 2,00 (P=0,007) em 30 dias e 2,31 (P=0,003) em 1 ano. Mesmo em pacientes de baixo risco (idade<60 anos e com EuroSCORE < 2%), portanto com menos comorbidades, temos significativamente mais óbitos no grupo transfundidos em 30 dias (7,0% vs. 0,0%; P<0,001) e também em 1 ano (10,0% vs. 0,0%; P<0,001). CONCLUSÃO: A transfusão de glóbulos vermelhos após cirurgia de revascularização miocárdica aumenta significativamente a mortalidade em 30 dias e em um ano, mesmo após correção de comorbidades e outros fatores. Novas opções terapêuticas e estratégias de gerenciamento e conservação do sangue autólogo devem ser estimuladas para reduzir as transfusões de hemoderivados.

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Assunto

Transfusão de sangue, Mortalidade, Células sanguíneas, Ponte de artéria coronária, Revascularização miocárdica, Complicações pós-operatórias, Blood transfusion, Mortality, Blood cells, Coronary artery bypass, Myocardial revascularization, Postoperative complications

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