Interferência de plantas daninhas em mudas de quatro espécies arbóreas neotropicais
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Seasonal semideciduous forests in southeastern Brazil have experienced intensive fragmentation, and the interference of weeds may affect the dynamics of restored communities. The purpose of this study was to determine if there were specific densities of the weeds Urochloa decumbens and Ipomoea grandifolia at which the growth of seedlings of four Neotropical tree species - Senegalia polyphylla and Enterolobium contortisiliquum (Fabaceae) and Ceiba speciosa and Luehea divaricata (Malvaceae) - would be negatively affected. A randomized experimental design was conducted in a greenhouse, with five treatments to each tree species (different weed densities per pot per tree species) and four replicates per treatment. After the weeds flowered, the height and stem diameter of seedlings were quantified, including the aboveground dry biomass and the percentages of macro and micronutrients contents in the leaves. The growth of the tree seedlings was affected by the lowest weed density (two weeds per pot) when interacting with U. decumbens or I. grandifolia. In general, significant decreases in the percentage of macro and micronutrients in the leaves were observed, especially at eight weeds/pot. Such results could warrant experimental practices in chemical control in conjunction with alternative methods to control of these two weeds in restored areas. As florestas estacionais semideciduais do sudeste do Brasil têm experimentado intensa fragmentação e a interferência de plantas daninhas influencia a dinâmica das comunidades restauradas. O objetivo deste estudo foi testar se o aumento das densidades de plantas daninhas (Urochloa decumbens e Ipomoea grandifolia) afetava o crescimento de mudas de quatro espécies de árvores neotropicais - Senegalia polyphylla e Enterolobium contortisiliquum (Fabaceae), Ceiba speciosa e Luehea divaricata (Malvaceae). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado: cinco tratamentos por espécie (diferentes densidades de plantas daninhas por vaso, por espécie de árvore) e quatro repetições por tratamento. Após o florescimento das plantas daninhas, quantificaram-se a altura, o diâmetro do caule, a biomassa aérea seca e as porcentagens de conteúdo de macro e micronutrientes nas folhas das espécies arbóreas. Verificou-se que a menor densidade de U. decumbens e de I. grandifolia afetou de negativamente, o crescimento das mudas das espécies nativas. No geral, observou-se diminuição do conteúdo de macro e micronutrientes nas folhas das mudas das quatro espécies arbóreas, principalmente na densidade de oito plantas daninhas/vaso. Os resultados obtidos podem embasar práticas experimentais sobre o controle químico em conjunto com métodos alternativos no controle de I. grandifolia e U. decumbens em áreas de restauração ecológica.