Caracterização de um isolado do Pepper mild mottle virus que não quebra a resistência do gene L3 em Capsicum sp.
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Resumo
A strain of Pepper mild mottle virus (PMMoV) was identified by biological and serological analysis of pepper (Capsicum baccatum) 'Dedo de Moça' seeds from São Paulo, SP, Brazil. To confirm these results, RT-PCR was performed with specific primers flanking the coat protein (CP) ORF of tobamoviruses in subgroup 1. The DNA-amplified fragments, when sequenced and compared with other tobamovirus CP sequences stored in the GenBank, showed nucleotide similarity between 94 to 100% with other PMMoV CP sequences, and below 75% with the subgroup I tobamovirus species (Tobacco mosaic virus, Tomato mosaic virus and Odontoglossum ringspot virus) and 65% with species in the subgroups II and III. The Brazilian isolate showed 100% identity with a Japanese isolate, strongly suggesting that this pathogen could have been introduced from that country. This fact confirms the importance of the isolate's characterization, in order to establish adequate control measures to guarantee healthy seed interchange and to avoid the introduction and spread of tobamoviruses into new growing areas. The deduced CP aminoacids sequence showed that the PMMoV-BR was not capable to overcome L3 gene resistance. This fact was confirmed by the inoculation and reaction of differential Capsicum species. The Brazilian isolate was not able to infect C. chinense (L3) and C. chacoense (L4). Sementes de pimenta (Capsicum baccatum) 'Dedo de Moça' destinadas ao plantio comercial e adquiridas no município de São Paulo, SP, analisadas quanto à presença de vírus, por meio de testes biológicos e sorológicos revelaram-se infetadas por uma estirpe do Pepper mild mottle virus (PMMoV). Para confirmar a identidade do isolado, promoveu-se a RT-PCR com oligonucleotídeos que flanqueiam a ORF da capa protéica de espécies do gênero Tobamovirus do subgrupo 1. Os fragmentos de DNA amplificados, quando seqüenciados e comparados com outros isolados de tobamovírus depositados no GenBank, apresentaram valores de identidade de nucleotídeos entre 94 e 100% com outras seqüências de PMMoV, inferiores a 75% para as demais espécies de tobamovírus do subgrupo I (Tobacco mosaic virus, Tomato mosaic virus e Odontoglossum ringspot virus) e 65% para os tobamovírus dos subgrupos II e III. O PMMoV-BR revelou 100% de identidade com isolados japoneses, sugerindo que este patógeno pode ter sido introduzido daquele país. A seqüência de aminoácidos deduzidos da capa protéica indicou também, que este isolado não é capaz de quebrar a resistência do gene L3 de Capsicum spp. Fato confirmado pelos sintomas causados nas hospedeiras diferenciais de Capsicum spp., verificando-se que este isolado não foi capaz de infetar plantas de C. chinense (L3) e C. chacoense (L4). Estes resultados confirmaram a importância da caracterização dos isolados de tobamovírus, fundamental para adequação de medidas de controle, principalmente, prevenindo a entrada e posterior disseminação do patógeno em novas áreas de cultivo.