Prevalência de dislipidemias na demanda laboratorial de três diferentes prestadores de assistência
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OBJECTIVE: To detect differences in the prevalence of dyslipidemia in adult ambulatory laboratory tests from three different health care providers, in Salvador-Brazil, 1995. METHODS: The study was carried out using a probabilistic sample of 24 out of 104 laboratories (@25%) which performed the same enzymatic method for lipid tests with the same quality control. Laboratory tests results were separated into three groups, according to health care provider: Sistema Único de Saúde (SUS, governamental), Health Maintenance Organizations (HMO), and Private or Patients Health Insurance (PHI). Criteria for dyslipidemias in mg/dL were: total cholesterol > or = 240; LDL-c > or = 160; HDL-c <35 and triglycerides > or = 200. Prevalence rates, 95% confidence intervals (CI) and chi² test were used in the analysis. RESULTS: From the 5464 adult subjects, 14.8% were from SUS, 31.6%. from HMO and 53.6% PHI. The highest prevalence for hypercholesterolemia - 28.0% (CI 24.0; 32.0) and for LDL-c > or = 160mg/dL - 30.4% (CI 27.6; 33.2), were found in the HMO group. PHI had the highest prevalence for HDL-c <35mg/dL - 12.3% (CI 10.0; 13.8), and for hypertrygliceridemia - 17.8% (CI 16.3; 19.3). Most of the differences among health providers were statistically significant. CONCLUSION: The best lypid profile observed in subjects from SUS suggests social differences in the prevalence of dyslipidemias. As compared to other dyslipidemias, HDL-c <35mg/dL prevalence was lower than expected in all three groups. The data may provide insights to medical doctors and other health care professionals regarding the questions of dyslipidemias. It can also provide objective information to the patients and encourage them to change their life styles. OBJETIVO: Detectar diferenças nas prevalências das dislipidemias em adultos da demanda laboratorial de três diferentes prestadores de assistência médica, em Salvador, 1995. MÉTODOS: Estudo seccional, clínico epidemiológico, baseado em resultados das dosagens de lípides séricos de uma amostra probabilística de 25% dos 104 laboratórios que usavam o mesmo método de dosagem e o mesmo padrão para controle de qualidade. O critério de dislipidemia foi o do II Consenso Brasileiro de Dislipidemias para adultos. Os resultados foram agrupados conforme procedência: Sistema Único de Saúde (SUS), convênios (C) e seguros privados + particulares (SP). Análise: prevalência com intervalos de confiança (IC) a 95%, e teste do chi². RESULTADOS: Dos 5.464 adultos com menção da procedência, 14,8% foram do SUS, 31,6% dos C e 53,6% dos S+P. As mais elevadas prevalências de hipercolesterolemia - 28,0% (IC 24,0; 32,0) e de LDL-c elevado - 30,4% (IC 27,6; 33,2) foram detectadas no grupo C. No grupo S+P concentraram-se as maiores prevalências de HDL-c anormal - 12,3% (IC 10,0; 13,8) e hipertrigliceridemia - 17,8% (IC 16,3; 19,3). Quase todas as diferenças entre as prevalências foram estatisticamente significantes, favoráveis às taxas mais baixas do SUS. CONCLUSÃO: O melhor perfil lipídico do grupo SUS sugere diferenças sociais nas prevalências das dislipidemias. Para os três prestadores de assistência, a prevalência do HDL-c <35mg/dL foi baixa quando comparada às das demais dislipidemias. Os resultados podem ser inferidos para a prática médica dos respectivos prestadores de assistência e indicam a necessidade de informação e de orientação dos usuários para redução das dislipidemias e melhoria do estilo de vida.