Os morcegos e a raiva na região oeste do Estado de São Paulo
Data
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
INTRODUCTION: The Polo da Alta Sorocabana Laboratory in Presidente Prudente, SP, in partnership with other research institutions, conducted studies related to bats from the western region of the State of Sao Paulo, Brazil. Thus, certain situations were investigated, including: a) isolation of the rabies virus from 2006 to 2008; b) identification of respective antigenic variants; and c) characterization of daytime shelters of Desmodus rotundus vampire bats. METHODS: Samples for examination originated from nonhematophagous bats forwarded to the laboratory and subjected to direct fluorescent antibody test and mouse inoculation test. Positive samples were characterized by the monoclonal antibody test. Regarding the bats, they were identified and classified and mapping of their shelters was also performed. RESULTS: The laboratory received 1,113 nonhematophagous bats for rabies diagnosis, 11 (1%) of which were positives, and among the positive samples, 5 (45.5%) presented antigenic variant 3 (from the bat Desmodus rotundus) and 4 (36.5%) were compatible with samples derived from Brazilian insectivorous bats. Sixteen vampire bat shelters were investigated and observation confirmed the presence of another 3 species of nonhematophagous bats coexisting with them. CONCLUSIONS: The experiments showed that at least 3 antigenic variants of rabies virus are circulating in the region and that the cohabitation of vampire bats with nonhematophagous bats could be related to the dissemination of the rabies virus. INTRODUÇÃO: O laboratório do Pólo da Alta Sorocabana de Presidente Prudente, SP, em parceria com outras instituições de pesquisa, realizou estudos pertinentes aos morcegos da região oeste do Estado de São Paulo, Brasil. Para tal, foram pesquisadas algumas situações, tais como: a) isolamento do vírus rábico, no período 2006 a 2008; b) as respectivas variantes antigênicas; c) abrigos diurnos do morcego hematófago Desmodus rotundus. MÉTODOS: As amostras para exame foram provenientes de morcegos não hematófagos encaminhadas ao laboratório sendo submetidas aos testes de imunofluorescência direta e prova biológica. As amostras positivas foram caracterizadas antigenicamente por meio do teste de anticorpos monoclonais. Quanto aos morcegos, foram identificados e classificados, e também foi realizado mapeamento de abrigos dos mesmos. RESULTADOS: O laboratório recebeu 1.113 morcegos não hematófagos para diagnóstico laboratorial, sendo 11 (1%) deles positivos, e dentre as amostras positivas, 5 (45,5%) delas tiveram variante antigênica 3 associada ao morcego D. rotundus e 4 (36,5%) foram compatíveis com amostras de morcegos insetívoros. Foram pesquisados 16 abrigos de morcegos hematófagos e observou-se a presença de outras 3 espécies de morcegos não hematófagos convivendo com eles. CONCLUSÕES: Os experimentos mostraram que o vírus rábico continua circulando na região com pelo menos 3 variantes antigênicas, e que, a coabitação de morcegos hematófagos com não hematófagos pode ter alguma relação com a disseminação do vírus rábico.